26 de setembro de 2010

as vezes a cabeça balança sem motivo, como se fosse desgrudar do pescoço e rolar pelo chão.
e se rolar, quero olhar pra cima com desdém e dizer: tenta viver agora.

porque você me subestima.
me coloca à prova.
a prova de puta merda.

minha cabeça balança sem motivo e eu tenho muito medo que ela caia desse suporte imbecil que eu fiz pra ela.
um cabelo preto que nunca será ruivo.
um monte de baboseiras jogadas e enfurnadas nesse mundo de sinapses.
eu te subestimo.
te coloco a prova de merda, uma puta grosseria ainda está por vir.

tenho medo mesmo e essa é uma palavra recorrente.
a falta de foco é um sentimento recorrente.
a ansiedade não me permite.

cada vez que a cabeça balança - eu desconheço o motivo - os gatos se colocam aos meus pés esperando pelo pior.
rola a cabeça, guilhotina.
tola cabeça, revolução.



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