30 de setembro de 2010

it took me 30 years to realize that "i do" is "i do".
Alice, in wonderland.

26 de setembro de 2010

as vezes a cabeça balança sem motivo, como se fosse desgrudar do pescoço e rolar pelo chão.
e se rolar, quero olhar pra cima com desdém e dizer: tenta viver agora.

porque você me subestima.
me coloca à prova.
a prova de puta merda.

minha cabeça balança sem motivo e eu tenho muito medo que ela caia desse suporte imbecil que eu fiz pra ela.
um cabelo preto que nunca será ruivo.
um monte de baboseiras jogadas e enfurnadas nesse mundo de sinapses.
eu te subestimo.
te coloco a prova de merda, uma puta grosseria ainda está por vir.

tenho medo mesmo e essa é uma palavra recorrente.
a falta de foco é um sentimento recorrente.
a ansiedade não me permite.

cada vez que a cabeça balança - eu desconheço o motivo - os gatos se colocam aos meus pés esperando pelo pior.
rola a cabeça, guilhotina.
tola cabeça, revolução.



todos nós queríamos ser artistas do rock.

e eu só queria o artista do rock em mim.

21 de setembro de 2010

quando eu releio, eu leio a inverdade.

18 de setembro de 2010

não me sinto como secar.
não me sinto como pintar.
ou como cortar.
ou como andar, falar.
não me sinto dirigindo, sem cabelo ao vento.

sinto uma garoa gelada no vidro.
e o edredom acolhedor.
como seu braço.

não me sinto como limpando ou entretendo.

me sinto paralisada.
novamente.

e tenho de cuidar do que eu sinto.
e novamente voltar à infindável luta matinal.

bem vinda.
seja feliz.

15 de setembro de 2010

minha nuvem

amava tanto que chegava a doer.


11 de setembro de 2010

minha nuvem

estava abandonada.
havia poeira, estava ali o abandono.

tive de limpar, tenho de cuidar.
não posso deixá-la abandonada assim por tanto tempo.

não quero estar sozinha por lá.
mas antes só do que mal acompanhada.



a partir de um ato falho entendi minha insanidade.

9 de setembro de 2010

escrevi e apaguei.

para que saber?

6 de setembro de 2010

de onde veio aquela sensação de abandono?

é sempre a mesma.
e não é dessa vez que ela vai passar.


eu ainda sou o vazio que não consigo preencher.

devassada e desmembrada.
quanto tempo falta para tudo acabar?


cê lembra daquela musica?
eu ouvia todos os dias e você perguntava sempre de quem era.
perdi a noção do tempo.
alucinei.
acordei e não sabia onde estava.

dois dias são muitos tempos.

eu sei, agora.