17 de fevereiro de 2011

voce apareceu sem sentido algum naquele banheiro no meio da manhã. eu estava sozinha, não haveria de ser diferente.
sempre a barba por fazer.
roçou seu rosto no meu de leve, quase sem querer - como se o roçar de dois rostos em um banheiro pudesse ser sem querer.
senti meus sentidos se perderem no meio do seu hálito reticente.
seus dedos na minha boca e sua mão arrebatando meus cabelos.

eu fechei os olhos, mas quando os abri, estava sozinha contemplando o azulejo.

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